sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Diante do mal está o bem


Diante do mal está o bem

Este versículo do livro do Eclesiástico como todas as outras passagens da Bíblia, nos faz pensar e nos pede um posicionamento perante a vida.
Diante do mal está o bem. Muitas vezes, nos deparamos com o mal na nossa vida, por exemplo, quando alguém propositalmente, para proveito próprio, usando de meios iníquos nos prejudica ou a alguém que nós amamos, ou fala mal de nós, ou nos humilha. Qual seria o bem que está diante desse mal? A NOSSA ATITUDE. Se a nossa atitude for de perdão, se não ficarmos falando mal dessa pessoa aos outros, mas se calarmos em oração, isto é, silenciarmos e pedirmos a misericórdia de Deus para essa pessoa que agiu mal, estaremos colocando o bem diante do mal. E daí, o bem que vem de Deus alcançará a nossa vida. Será o Bem aliando-se ao bem. O Bem com letra maiúscula é aquele que vem de Deus e o bem que reflete esse Bem Maior que vem de Deus é o bem que nós praticamos em resposta ao mal com que nos deparamos.
São Paulo nos exorta em sua carta aos Romanos: “Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem.” (Rm 12, 21)
Portanto, se quisermos o amor e a misericórdia de Deus se derramando sobre nossa vida, não paguemos o mal com o mal. Quem age mal se alia ao mal e cedo ou tarde pagará um preço por isso.
São Pedro nos recorda: “Aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendam as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (1Pe 4, 19).
Se você quiser ler as profecias que recebemos do Senhor a respeito de pagar o mal com o bem, procure as moções que apareceram no Portal em maio de 2010. 
 
Maria Beatriz Spier VargasSecretária geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

sábado, 26 de novembro de 2011

Grupo de Oração Vida Nova realiza 1° Desperta Jovem



Grupo de Oração Vida Nova realiza 1° Desperta Jovem


No dia 15 de Novembro na Escola Violeta Costa na cidade de Alagoa Nova, o Grupo de Oração (GO) Vida Nova realizou o 1° Desperta Jovem. O evento, destinado à evangelização da juventude, teve início às 8 h e se estendeu até as 18 h, contando com a Participação de Jocélia Paula da cidade de Campina Grande e dos Padres João Afonso e Leandro Márcio de Alagoa Nova.
            O retiro teve início com um momento de oração conduzido por Miravânia Alves, que é membro do GO. Em seguida os participantes puderam louvar a Deus e exaltar o seu nome através do louvor realizado pelo Ministério de Música, e como é comum, após o louvor houve a pregação da palavra, ministrada por Jocélia, membro do Grupo de Oração CRES, da cidade de Campina Grande.
            Conduzida pelo Espírito, numa pregação profética, Celhinha falava aos jovens para não desistirem do amor de Deus, pois é Deus quem procura por cada um de nós. “Deus é capaz de fazer de você um jovem novo, restaurado, lapidado pelo poder do Espírito Santo”, disse a pregadora. E dizia mais aos presentes que o Senhor não tira a nossa liberdade, mais é preciso se entregar sem medo.
            Após ouvir a voz do Senhor, o momento que se seguiu foi a Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida pelo Pe. Leandro, que enfatizou que nós temos a vocação de apascentar as ovelhas, “só é capaz de apascentar quem ama”, disse o sacerdote.
            Isso foi o que aconteceu no período da manhã, encerrado às 12h30min para o almoço.
            Era exatamente 14 h, quando o Ministério de Música iniciou a programação da tarde. Após um forte clamor pelo Espírito deu-se inicio a pregação da tarde com o salmo 22, 1-3. A pregadora proclamou que a promessa de Deus era “restaurar as forças de nossa alma, mais para que isso aconteça precisamos rasgar o nosso coração e não as vestes”. Ela também usou a palavra de Joel 3, 1. “Depois disso, acontecerá que derramarei meu espírito santo sobre todo ser vivo, vossos filhos e vossa filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos e vossos jovens terão visões”.
            Atendendo a um pedido de Deus a pregadora exortou aos presentes que colocassem tudo de mal que eles traziam consigo em um baú que se encontrava em cima do palco, deixar tudo que é de ruim para trás e a partir daquele momento começar uma vida nova em Cristo. Nesse momento muitas pessoas foram batizadas no espirito e tiveram sua vida transformada.
            no final do dia houve um apresentação da peça teatral: A OVELHA PERDIDA, baseada no evangelho de Lucas cap. 15, onde a ovelha se perde do rebanho e o pastor a encontra em campos que não são seus: luxo, sexo, vicio e morte.
            O encontro, que foi realizado em parceria com a Paróquia de Santa Ana, foi encerrado com a Celebração da Santa Missa com o Pe. João Afonso.
           
Leandro Inácio do Nascimento
Coordenador do Ministério de Comunicação Social

quarta-feira, 19 de outubro de 2011




RCC lançando as redes o ano inteiro

Outubro é o mês das missões. Durante essa época do ano, toda a Igreja é incentivada a refletir, rezar e agir na promoção de atividades de evangelização. Diante de tal motivação, o Portal RCCBRASIL dá inicio a uma série especial e resgata iniciativas missionárias que marcaram a vida do Movimento durante 2011, comprovando que as redes foram lançadas inúmeras vezes. Confira:


A praia como campo de missão
Para centenas de jovens carismáticos, o ano já começou em missão. O Jesus no Litoral aconteceu, quase que simultaneamente, em cinco estados brasileiros no período de virada de ano. A juventude carismática do Maranhão, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina formaram um verdadeiro exército que anunciava o Amor de Deus na beira da praia. O querigma foi pregado por duplas de evangelizadores que abordavam os veranistas na orla e também nas casas, numa evangelização direta e explícita. Missas, atividades de lazer, ginástica, shows e apresentações artísticas também foram usadas como instrumento para levar a Palavra de Deus. O estado de Pernambuco também realizou esse formato de missão  no mês de janeiro. Já os jovens paraenses, lançaram as redes no mês de julho. Para conferir fotos e testemunhos sobre as edições do Jesus no Litoral, clique aqui.



Solidariedade, anúncio e amor ao próximo
Outro exemplo marcante de missionariedade aconteceu em Nova Friburgo/RJ. A cidade foi muito atingida por fortes enxurradas que deixaram muito estrago e milhares de desabrigados.  Diante disso, um grupo de carismáticos da diocese aproveitou o carnaval para levar um pouco de conforto material e espiritual aos flagelados. Servos e participantes de Grupos de Oração aproveitaram o período de carnaval e passaram quatros dias em missão, percorrendo ruas, visitando famílias e abrigos de crianças que ficaram órfãs.

Impulsionados pelo tema do ano e motivados pelos testemunhos das primeiras atividades missionárias do ano, os carismáticos seguiram lançando as redes da evangelização. Confira na próxima matéria da série, como uma proposta de missão, lançada no Encontro Nacional de Formação 2011, tomou conta do Brasil.



A nossa realidade é Deus

Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Que ninguém de vós sofra como homicida , ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (I P 4, 12-13.15-16.19)

Deus Pai nos escolheu em Jesus Cristo antes da criação do mundo e nos selou com o Espírito Santo para podermos viver como filhos seus e fazer resplandecer a sua graça que nos foi concedida por Ele no Bem-Amado.(cf Ef 1). Portanto, a nossa vida é Ele, a nossa realidade é Ele. Não o as circunstâncias da nossa vida, não o a nossa família, ou a nossa profissão, ou as coisas que temos que determinam quem nós somos. Independentemente do que está à nossa volta, do que os outros nos dizem ou das coisas que nos acontecem, nós somos filhos e filhas de Deus, escolhidos pelo Pai, resgatados pelo sangue de Jesus e capacitados pelo Espírito Santo para vivermos a nossa vida dando testemunho de que somos filhos.
Tudo na nossa vida vai passar, a o ser pelo amor que recebemos e o amor que damos o resto é tudo passageiro. Só o amor não passa porque o amor vem de Deus e nós somos dele. Tudo na nossa vida pode mudar, só Deus o muda, Ele é estável, seu amor é sempre igual. Podemos perder tudo, mas não a Ele, Ele é para sempre, Ele é o nosso bem, a nossa riqueza, a nossa única certeza. Diante das dificuldades, dores, sofrimentos e perdas que invariavelmente um dia batem à nossa porta, é bom lembrar: a nossa realidade é Deus, não o que nos acontece.   
Diante do sofrimento eminente Jesus disse: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice”. Mas, logo em seguida falou: “Contudo o se faça a minha vontade e sim a tua.” Aceitando o que lhe vinha do pai Ele carregou seu calvário até o fim, até poder dizer “Tudo está consumado”. Recentemente, uma pessoa conhecida perdeu o filho jovem em circunstâncias trágicas e ela disse que lembrar de como Jesus aceitou o sofrimento a estava ajudando a carregar o seu. Dizia ainda ter aprendido que é preciso olhar para além do sofrimento e fixar os olhos em Deus. Alguém lhe falou de uma cruz feita com um buraco no meio, para nos lembrar de olhar para além da cruz, como Jesus fez, olhar para o amor de Deus, e o mergulhar no desespero e na dor da perda. Olhar para além da cruz é confiar no amor do Pai e na sua misericórdia, é confiar na sua promessa de que o Espírito Santo estaria eternamente conosco para nos consolar e nos ajudar a bem viver a nossa vida. Quem sofre em Deus, como cristão, fazendo o bem, sempre é consolado. Quem sofre fixando-se na dor e o no amor, conhece o desespero.

Que o Deus da paz conceda a sua paz, que é dinâmica, que realiza coisas nas nossas vidas, a sua paz que tem o poder de curar, para todos o que sofrem, os que estão doentes, os que perderam entes queridos e lhes dê também a capacidade de entender que o seu sofrimento o é vergonha, não é opróbrio, e sim uma oportunidade de testemunhar que o filhos, filhas de Deus.


Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL
Como a arte nos ajuda na relação com Deus

Em sua série de catequeses sobre a oração, o papa Bento XVI dá continuidade aos seus ensinamentos falando sobre a relação da arte e a elevação à Deus.


Queridos irmãos e irmãs:
Neste período, recordei muitas vezes a necessidade que todo cristão tem de encontrar tempo para Deus, através da oração, em meio às muitas ocupações da nossa jornada. O próprio Senhor nos oferece muitas oportunidades para que nos lembremos d'Ele. Hoje eu gostaria de falar brevemente de um desses meios que podem nos conduzir a Deus e ser também uma ajuda para encontrar-nos com Ele: é o caminho das expressões artísticas, parte dessa via pulchritudinis – “via da beleza” – da qual falei tantas vezes e que o homem deveria recuperar em seu significado mais profundo.
Talvez já tenha lhes acontecido que, diante de uma escultura, um quadro, alguns versos de poesia ou uma peça musical, tenham sentido uma íntima emoção, uma sensação de alegria; percebem claramente que, diante de vocês, não existe somente matéria, um pedaço de mármore ou de bronze, uma tela pintada, um conjunto de letras ou um cúmulo de sons, e sim algo maior, algo que nos “fala”, capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma. Uma obra de arte é fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, que tenta descobrir o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons. A arte é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além do que se vê, manifesta a sede e a busca do infinito. Inclusive é como uma porta aberta ao infinito, a uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano. E uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, conduzindo-nos ao alto.
Há expressões artísticas que são verdadeiros caminhos rumo a Deus, a Beleza suprema, que inclusive são uma ajuda para crescer na relação com Ele, na oração. Trata-se das obras que nascem da fé e que a expressam. Um exemplo disso é quando visitamos uma catedral gótica: sentimo-nos cativados pelas linhas verticais que se elevam até o céu e que atraem nosso olhar e nosso espírito, enquanto, ao mesmo tempo, nos sentimos pequenos ou também desejosos de plenitude... Ou quando entramos em uma igreja românica: sentimo-nos convidados de forma espontânea ao recolhimento e à oração. Percebemos que nesses esplêndidos edifícios se recolhe a fé de gerações. Ou também quando escutamos uma peça de música sacra que faz vibrar as cordas do nosso coração, nossa alma se dilata e se sente impelida a dirigir-se a Deus. Vem-me à memória um concerto de música de Johann Sebastian Bach, em Munique, dirigido por Leonard Bernstein. No final da última peça, uma das Cantatas, senti, não racionalizando, mas no profundo do coração, que o que eu havia escutado havia me transmitido verdade, verdade do sumo compositor que me conduzia a dar graças a Deus. Ao meu lado estava o bispo luterano de Munique e espontaneamente lhe comentei: “Ouvindo isso se entende: é verdadeira, é verdadeira a fé tão forte e a beleza que expressa irresistivelmente a presença da verdade de Deus”.
Quantas vezes quadros ou afrescos, frutos da fé do artista, com suas formas, com suas cores, com suas luzes, nos conduzem a dirigir o pensamento a Deus e fazem crescer em nós o desejo de acudir à fonte de toda beleza! É profundamente certo o que escreveu um grande artista, Marc Chagall: que os pintores mergulharam seus pincéis, durante séculos, no alfabeto de cores que é a Bíblia. Quantas vezes as expressões artísticas podem ser oportunidades para lembrarmos de Deus, para ajudar nossa oração ou para converter o nosso coração! Paul Claudel, famoso poeta, dramaturgo e diplomata francês, ao escutar o canto do Magnificat durante a Missa de Natal na basílica de Notre Dame, em Paris, em 1886, advertiu a presença de Deus. Não havia entrado na igreja por motivos de fé, mas para encontrar argumentos contra os cristãos. No entanto, a graça de Deus agiu no seu coração.
Queridos amigos, eu lhes convido a redescobrir a importância deste caminho também para a oração, para a nossa relação viva com Deus. As cidades e os países do mundo inteiro contêm tesouros de arte que expressam a fé e nos recordam a relação com Deus. Que a visita a lugares de arte não seja somente ocasião de enriquecimento cultural, mas que possa se tornar um momento de graça, de estímulo para reforçar nosso vínculo e nosso diálogo com o Senhor, para deter-nos a contemplar – na transição da simples realidade exterior à realidade mais profunda que expressa – o raio de beleza que nos atinge, que quase nos “fere” e que nos convida a elevar-nos até Deus. Termino com uma oração de um salmo, o salmo 27: “Uma só coisa pedi ao Senhor, só isto desejo: poder morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida; poder gozar da suavidade do Senhor e contemplar seu santuário” (v.4). Esperemos que o Senhor nos ajude a contemplar sua beleza, seja na natureza ou nas obras de arte, para sermos tocados pela luz do seu rosto e, assim, podermos ser, também nós, uma luz para o nosso próximo.
Obrigado.
No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos. Procurem descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a sua união e o seu diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus. E que Ele os abençoe. Obrigado!